A Maior Dificuldade Que Enfrentei como Dentista Recém Formado

Eu no início da faculdade...

O Início de Tudo:


Hoje em dia, é extremamente comum que pessoas com 17~18 anos entrem na faculdade. No meu caso, não foi diferente, quando fui aprovado na UFSC eu estava prestes a fazer 19 anos. Apesar de hoje achar que a pressão para se escolher uma profissão nessa idade é totalmente desnecessária, acabei entrando de cabeça no curso.

Depois de dois ou três semestres cursando odontologia comecei a me perguntar se a minha escolha foi a correta, pois algumas coisas não faziam sentido para mim e eu sempre fui apaixonado por computadores e internet (foi por isso, inclusive que criei meu canal no Youtube). Mas, mesmo com várias dúvidas em mente, acabei seguindo no curso e aos poucos fui sendo fisgado, apesar de tudo ter ficado 10 vezes mais puxado nas fases de prática clínica. Hoje eu realmente amo odontologia, e adoro juntar isso com a produção de conteúdo que trago para internet.

No entanto, quando me formei, com 25 anos, acabei passando por uma situação extremamente inesperada.

O Problema:

A foto é apenas ilustrativa. Não deixe ninguém colocar na sua cabeça que o mercado de trabalho da odonto está saturado ;)
Após alguns meses, procurando emprego, abri um consultório junto com um colega e como nós dividíamos os períodos, pude completar a outra metade do dia atendendo em uma clínica, que tinha um fluxo de pacientes enorme.

Com o início dos atendimentos em consultório, pude perceber que algumas pessoas, quando tinham um primeiro contato comigo, se fechavam ou agiam com certa desconfiança, fazendo perguntas estranhas e tudo mais. E o mesmo aconteceu na clínica onde eu atendia, em um meio período, mais de 10 pessoas. Apesar de os pacientes se abrirem comigo, conforme o andamento dos atendimentos, este tipo de coisa acontecia com certa frequencia.

Fiquei achando que tinha enlouquecido e isso era coisa da minha cabeça.

Mas com o passar do tempo, percebi que não era. E depois de algumas semanas/meses pensando nisso e analisando o porque disso tudo, um dos meus pacientes perguntou a minha idade e outro comentou "mas você é tão novinhooo", igual esse comentário abaixo que recebi no meu canal do Youtube um dia desses.

A ficha finalmente tinha caído, o meu problema não era a idade em sí, mas isso acontecia porque eu aparentava ser MUITO mais novo, o que várias pessoas inclusive já falaram para mim no meu dia a dia.

Logo comecei a pensar o que poderia mudar na minha aparência, ou qual tipo de roupa usar. Será que eu devia ir atender engravatado? Deixar a barba crescer? Tirar as lentes e colocar um óculos? As coisas mais doidas passaram na minha cabeça, mas, ao conversar com um dentista com mais de 20 anos de profissão, cheguei a conclusão de que nada disso era necessário. 

A Mágica:


O que era preciso era algo quase óbvio: Autoridade clínica.

Autoridade para fazer com que os pacientes não questionassem meu tratamento, para fazer com que eles confiassem em mim, para fazer com que me valorizassem e claro, para fazer com que me respeitassem. 

Por isso mudei o modo como recebia os pacientes, comecei a explicar as coisas de uma maneira simples, mas detalhada e mudei também o meu tom de voz. Tudo com o objetivo de passar segurança, para fazer o paciente confiar no que eu falava e fazia.   


E aos poucos, com o passar do tempo, fui aprendendo a passar autoridade e segurança de uma maneira cada vez melhor e foi incrível o modo como as coisas melhoraram. Essa mudança de atitude foi algo extremamente importante depois que me formei. 

Caso esteja passando pelo mesmo, indico que você procure avaliar os pontos fortes e fracos do seu atendimento e aos poucos vá mudando para melhor cada um deles.

Tem alguma dúvida ou quer conversar sobre o assunto? Deixe um comentário! ;)

Obrigado e até a próxima!
André Martins - Arriba Dentista