Contração de Polimerização - Questão #41 - Concurso Público de Odontologia

 


E ai, tudo bom com você?! 

Seja bem-vindo a mais uma questão comentada de concurso público de odontologia. 

Hoje, nós iremos conversar sobre uma alteração volumétrica, conhecida como contração de polimerização, a qual, que ocorre nas resinas compostas a partir da união dos monômeros para formação da cadeia polimérica.

Vale destacar que, na odontologia, é importante que os materiais utilizados nos procedimentos tenham o mínimo possível de alteração de volume após o procedimento, por isso, é essencial que o dentista faça uso de meios para diminuir ao máximo a contração de polimerização, a qual está associada a fragilidades e diminuição da vida útil da restauração. 

Segundo Baratieri, a contração de polimerização está muito relacionada à microinfiltração marginal, à passagem de fluidos e bactérias entre a restauração e o dente. 

Bons estudos!

Questão Exclusiva - Retirada do Instagram @arribadentista
São medidas para o controle da contração de polimerização em resinas compostas, exceto:

A) Aumento do Fator C
B) Modulação da fotoativação
C) Técnica Incremental
D) Uso de bases cavitárias em Ionômero de Vidro

RESPOSTA
A técnica incremental diminui a contração de polimerização
Para início desta resposta, vale destacar que um dos melhores meios para diminuir a contração de polimerização é através da técnica incremental. Nesta técnica, o dentista deve utilizar fragmentos de resina de no máximo 2mm, visto que o uso de grandes porções de resina composta está associado a uma alta alteração de volume do material.

Além disso, ao se utilizar um pequeno fragmento de resina, o dentista diminui o número de paredes da cavidade onde a resina se adere e, consequentemente, diminui o Fator C. Este fator nada mais é do que um coeficiente obtido a partir da divisão do número de paredes da cavidade onde a resina composta está aderida pelo número de paredes livres (onde a resina não se adere) da cavidade. Quanto maior o Fator C, maior a contração de polimerização, assim, o ideal é que os valores do Fator C fiquem entre 1,0 e 1,5.

Para uma melhor compreensão do assunto, vou discutir agora um exemplo hipotético com você. Vamos supor que para restauração de uma cavidade classe I, o dentista tenha restaurado o dente com apenas um fragmento de resina. Esta resina, vai estar aderida a todas as paredes da cavidade (mesial, distal, vestibular, lingual/palatina, pulpar), menos a parede oclusal/superfície externa do dente. Diante do exposto, o cálculo do fator C ocorreria da seguinte maneira:

Fator C = Nº Paredes onde a resina se adere / Nº de paredes livres da cavidad
Fator C = 5/1 = 5

Neste caso, o fator C de 5 é maximo e a restauração realizada pode apresentar várias alterações estruturais indesejadas. Devido ao aumento do Fator C ser extremamente prejudicial, a letra A é a nossa resposta correta.

RESPOSTA CORRETA: Letra A

Esta era a questão separada para o dia de hoje, mas, antes de fechar este artigo, não se esqueça de conferir o meu livro "101 Questões Comentadas de Concurso Público de Odontologia". Neste livro, escrito com o objetivo de criar um guia para você, eu resolvo questões de Dentística, Endodontia e Periodontia, as quais são disciplinas amplamente cobradas nas provas de concurso para dentistas.

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Obrigado por acompanhar este post até o fim e, claro, te espero na próxima!

Abraços, André Martins - Arriba Dentista